Por Nadine Russo
(Diário de Sorocaba, 2018)
Aparecidinha é um bairro residencial e industrial da cidade de Sorocaba (São Paulo). O bairro surgiu da formação de um arraial ao longo do córrego Piragibú, na qual, na época chamava-se Piragibú do Meio. Aparecidinha era passagem de tropeiros que viajavam para o sul do país.
A imagem da Santa foi trazida e deixada em 1782 por esses tropeiros que iam para o sul comercializar seus muares. A primeira imagem – diz a lenda – que foi feita por um índio e era de barro. Primeiramente essa imagem foi deixada num nicho sobre uma pequena árvore que ficava nas imediações do atual cemitério (onde tudo começou e onde está o Novo Santuário). Todos os tropeiros que por ali passavam, faziam suas orações (pedidos e agradecimentos) a Nossa Senhora para suas viagens.
A vila passou, a partir de então, a chamar-se Aparecidinha. Em 1785 quando o português guarda-mor Antônio José da Silva mudou-se de Lorena (MG) para Sorocaba, fixando residência no bairro do Piragibú do Meio e trouxe consigo uma imagem em madeira de Nossa Senhora Aparecida. Assim que chegou mandou construir uma capela em homenagem à santa.
Esta foi à segunda igreja dedicada a Nossa Senhora Aparecida (a primeira foi a da cidade de Aparecida, SP). Nas imediações da Igreja havia um chafariz colocado em 1886 num largo (hoje nomeado Largo Antônio José da Silva) e havia também várias casas construídas por escravos da época.
Em 05 de Janeiro de 2002, Dom José Lambert, então Arcebispo, instaurou em Sorocaba (SP) a Paróquia Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que por lá é conhecido como Santuário de Aparecidinha, mas o local é coberto de um contexto histórico e cultural muito anterior ao começo dos anos 2000.
ROMARIA
Romaria de Aparecidinha
A romaria existe desde 1804, não de forma contínua como
hoje, nem as datas fixas. A primeira menção em jornais foi em 1852, em que o
jornal “o defensor” já se refere que a romaria era tradicional e “acostumada”.
Já outros dados afirmam que ela existe desde 1804. A história da romaria afirma
que havia o costume de transportar a santa até a cidade em momentos difíceis,
como: epidemias, seca, enchentes etc.
Em 1897 aconteceu o primeiro grande surto de febre amarela
em todo o país e que afetou também Sorocaba. Monsenhor João Soares lutou
bravamente para ajudar no combate à doença. O povo devoto de Nossa Senhora
fazia seus pedidos e acreditava que a procura por Nossa Senhora Aparecida
traria a cura da doença, com isso criou-se o costume de transportar a santa até
a cidade para abençoar o povo. Duas vezes ao ano são realizadas as Romarias de
Aparecidinha, de tradição bicentenária, onde a imagem da Santa segue da
Catedral Metropolitana de Sorocaba à Igreja da Aparecidinha no segundo domingo
de julho, e retorna à Catedral em 1° de janeiro.
Estes eventos reúnem milhares de fiéis que percorrem a pé
os 14 km, acompanhando a Santa, em ação de graças e cumprindo promessas. A
peregrinação começa por volta das 6 horas, logo depois de missa campal de
despedida que começa às 5 da madrugada, celebrada de altar preparado nas
escadarias da igreja da Catedral, na praça Cel.
Referências Bibliográficas:
Disponível em: <https://www.a12.com/redacaoa12/igreja/conheca-o-santuario-de-aparecidinha> Acesso em: 26 de outubro de 2019.
Disponível em: <https://www.jornalcruzeiro.com.br/suplementos/especial-cruzeirinho/ponte-de-sorocaba-e-considerada-o-marco-do-tropeirismo-no-brasil/> Acesso em: 26 de outubro de 2019.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparecidinha> Acesso em: 26 de outubro de 2019.
Disponível em: <https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/401004/fe-leva-50-mil-a-romaria-de-aparecidinha> Acesso em: 26 de outubro de 2019.
Disponível em: <https://santuariodeaparecidinhasorocaba.wordpress.com/romaria-de-aparecidinha/> Acesso em: 26 de outubro de 2019.
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