terça-feira, 26 de novembro de 2019

GRUPO 6 - ANALISE DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA APARECIDA POR MEIO DO SISTEMA DE SIGNIFICADOS INTERATIVOS KRESS & VAN LEEUWEN.



O sistema de perspectiva – a escolha do ângulo ou “ponto de vista” por parte do produtor da imagem – pode performar atitudes a grosso modo subjetivas no que se refere à apresentação dos participantes representados.
As imagens objetivas apresentam a imagem da forma como ela é, retratada a partir de ângulos de visão privilegiados, que neutralizam a perspectiva, as distorções de sua exploração e da atitude subjetiva pela qual é construída.
Em termos de ângulo horizontal, as imagens subjetivas podem determinar relações de envolvimento ou de distanciamento com o espectador. No primeiro caso, configura-se o ângulo frontal, porque o plano pelo qual a imagem representada é o mesmo do plano do fotógrafo. Em caso de ângulo oblíquo, os planos da imagem e do fotógrafo não coincidem entre si.
Os ângulos escolhidos podem e expressam asrelações de poder entre os participantes representados e o espectador por meio de angulações verticais. No ângulo elevado, o participante representado parece pequeno e insignificante diante do espectador, atribuindo poder ao espectador. Quando o participante representado encontra-se no nível do olhar do espectador, não há diferenças de poder entre ambos. 
Se o ângulo for baixo, o participante representado aparece como detentor do poder, numa posição de superioridade diante do espectador. 
Com base na categoria analítica proposta por Kress & van Leeuwen, em que se refere a subdivisão “Atitude” previamente exposta nesse capítulo analisaremos a imagem 01 proposta neste trabalho;
A imagem da basílica de Nossa Senhora Aparecida escolhida como campo de observação, no que tange como subjetiva, dá margem a interpretação como um templo imponente opulento e como imagem objetiva representa uma igreja.
Quanto a posição angular, a imagem enquadra-se em um plano ao nível do olhar do espectador que, parece uma tentativa de amenizar a opulência do templo em relação ao seus súditos.

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Distancia Social -


           Segundo Kress; van Leeuwen (2006), a distância social é a segunda dimensão para se compreender os sentidos interativos. Podemos percebê-la pela escolha que se pode fazer entre o plano fechado (close-up), plano médio (médium shot) e plano aberto (long shot).
           De acordo com alguns  autores, em interações diárias, nós determinamos a distância (literal e figurativamente) das relações sociais que mantemos com o outro e a duração dessas relações está vinculada ao contexto, por exemplo, se mantivermos uma interação com um par, logo essa relação será mais próxima, caso de estudantes conversando entre si, por exemplo. Ao contrário, se a interação que mantemos é com o diretor da escola essa relação, por questões hierárquicas, ou por rispidez do diretor, será menos íntima. Para determinar o grau de envolvimento na relação que a imagem estabelece, devemos considerar o contexto.
         Plano fechado: Quando temos uma imagem de plano fechado a intenção do locutor é criar uma relação de aproximação e intimidade com o espectador, passando credibilidade e criando confiança. 
          Plano Médio: Quando temos uma imagem de plano médio ela não cria uma relação de aproximação nem máxima nem mínima, ela é intermediária, a imagem é conhecida ou reconhecida pelo espectador porém não intimamente.
         Plano Aberto: Quando a imagem é retratada em plano aberto, é conferida a ela um caráter impessoal, distanciando ao máximo os participantes da composição, isto é, ocorre uma relação de desconhecimento ou poder .
          A imagem da basílica de Nossa Senhora Aparecida que está sendo o objeto de nosso estudo está inserida no plano médio pois a partir da imagem os espectadores podem reconhecer a imagem e saber do que se trata, porém não intimamente, principalmente para pessoas que nunca tiveram acesso pessoalmente.

GRUPO 6 - ANALISE DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA APARECIDA POR MEIO DO SISTEMA DE SIGNIFICADOS INTERATIVOS KRESS & VAN LEEUWEN.

Contato

contato é então estabelecido, mesmo que apenas em um nível imaginário. O contato pode ser engendrado por demanda, em que o olhar dos participantes requer algo do espectador, bem como a expressão facial e os gestos; ou por oferta, na qual o participante representado é apenas um objeto decontemplação para o espectador, sendo este o sujeito do olhar.
Analisando a imagem escolhida “ Basílica de Nossa Senhora Aparecida”, concluímos que em termos de Contato não se estabelece uma “demanda”. Porém, a imagem representa uma “oferta”, na qual a igreja é o alvo da contemplação para o espectador.

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Contexto histórico


 
Basílica de Nossa Senhora Aparecida”.

             A Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, é um templo religioso católico localizado no município brasileiro de Aparecida, no interior do estado de São Paulo.
              É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
              É a maior catedral do mundo, visto que a Basílica Vaticana não é uma catedral. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143 mil m² de área construída ao longo de todo o Santuário.
             Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas pelos romeiros.
Já recebeu a visita de três papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
             O santuário é visitado anualmente por aproximadamente 12 milhões de romeiros de todas as partes do Brasil.
             Em 2017, o santuário registrou 13 milhões de visitantes, o maior de sua história.



O Projeto

          A Basílica Nova é a terceira igreja que foi construída para abrigar a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A primeira foi iniciada em 1741 e inaugurada a 26 de julho de 1745, a segunda foi iniciada em 1844 e inaugurada em 24 de junho de 1888.
           O Santuário Nacional de Nossa Senhora é dirigido e administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo Redentor, desde 1894.
            Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas.
          Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica.
         Benedito Calixto Neto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega.
          Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta levou ao Vaticano o projeto da, então, futura basílica, que foi julgado como brilhante pela comissão examinadora.

GRUPO 5 - Jardim Iguatemi, Sorocaba e a análise do discurso

CONCLUSÃO

Concluímos através desta análise que há uma particularidade única em cada modo de discurso e que altera-lo pode gerar falta ou perda de elementos importantes que o constituem. Sendo assim houveram perdas ao transcrever o discurso aqui tratado, o mesmo não deixou de ter sentido, coesão e coerência, mas passou a seguir outra modalidade diferente de sua origem.



BIBLIOGRAFIA
VIEIRA, Josenia. Introdução à multimodalidade: Contribuições da Gramática Semântico-Funcional, Análise de Discurso Crítica, Semiótica Social

GRUPO 5 - Jardim Iguatemi, Sorocaba e a análise do discurso


ENTREVISTA
Moro nesta casa há 20 anos, mas no bairro à 43. Morei em duas ruas do bairro. A Fernandópolis e a Ibiúna. Há 40 anos atrás eram somente 52 casas. Não tinha o –bairro- Morumbi. Era só bloco de casas do governo. A rua principal do bairro era de Terra ainda.
Nasci próximo ao Paraná, vim para cá com 12 anos e hoje estou com 72. Conheço bastante gente daqui, mas muitos já morreram. Vi Sorocaba crescer... a zona norte não existia, tínhamos um sitio lá. Da minha casa até a escola que estudei eram 16km, tinha 9 casas nesse espaço. Não existia avenida Ipanema nesta época. Nós vínhamos do sitio e trazíamos o sapato na sacola, pois era muito barro.
Sorocaba cresceu muito nestes 60 anos. Aqui no bairro não tinha quase nada, tinha Olaria que era dos meus sogros. O primeiro condomínio de Sorocaba foi o IBTI, mas como tinha um lixão próximo não era valorizado. Na época que eu cheguei aqui haviam apenas 360mil habitantes, hoje já são mais de 700mil.
Fonte de empregos era a Estamparia, um dos bairros mais famosos foi construído para funcionários da Estamparia, mas ela acabava dando empregos para a cidade toda.
Sorocaba cresceu muito principalmente para o lado da zona Norte, você podia andar duas horas na rua sem encontrar ninguém. Também havia o trem Sorocabana, apelidado de trem Japonês, por ser mais rápido que os outros meios de transportes.
Era uma cidade operária, de poder aquisitivo até baixo, dava para se contar os milionários que viviam aqui. Na Avenida Afonso Vergueiro moravam só médicos de renome. Não haviam faculdades, sem ser a FADI, e depois de um bom tempo inaugurou a FACENS aqui no bairro. Meus filhos tiveram que sair da cidade para fazer faculdade. Na região da faculdade UNIP não tinha nada, só uns “barracões”.
Eram quase duas horas de ônibus de Sorocaba até Porto Feliz. Nós pegávamos um ônibus chamado Jardineira, que andava devagar pelos buracos na rodovia.
O bairro Iguatemi onde vivo deve ter agora cerca de 40 anos, mas no começo não era tão valorizado quanto um bairro tradicional. Os Pereiras da Silva carregavam a cidade nas costas, era uma das famílias tradicionais. Onde eram as estamparias hoje se tornaram um shopping e uma escola. O estádio da cidade também não existia, era um lugar onde acontecia a Festa de São João. Hoje Sorocaba é uma cidade dos condomínios, o crescimento foi absurdo, tem cidade que estaciona, mas aqui não.

GRUPO 5 - Jardim Iguatemi, Sorocaba e a análise do discurso


DESENVOLVIMENTO
A teoria de recontextualização defendida por Fairclough torna-se semelhante aos aspectos da teoria de Poster das reconfigurações. Podemos analisar de acordo com os estudos das teorias em questão e o tipo de adaptação do discurso utilizado nesse trabalho que ao passarmos o discurso falado ao discurso escrito, tendo em vista que não se torna possível passar todos os traços do discurso, como a entonação da voz em determinados momentos afim de enfatizar algo com certeza maior, ou modais que expressam a fala de uma pessoa que viveu e pertenceu a outras épocas diferentes da atual que vivenciamos. Também o fato de que o discurso falado é único e desperta certa emoção a aquele que atinge, traz também maiores elementos para que seja possível a criação do cenário ali descrito mentalmente.
Sendo assim o discurso passa a ser mais complexo, pois na forma escrita torna-se mais formal, sendo usadas palavras dentro da norma padrão culta e perdendo assim os traços culturais, os aspectos temporais e transformando um discurso com traços de fala de outra época em um discurso atual.
Em relação às imagens a recontextualização pode ser indicada se compararmos por exemplo duas imagens do mesmo lugar, uma atual e uma mais antiga, será possível analisar que os elementos serão diferentes, assim como a qualidade e o tipo de imagem, trazendo um novo sentido a ela e um novo significado.

Até alguns anos atrás, os teóricos da comunicação definiam como mídia de massa apenas a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão. No início da década de 90, os sistemas eletrônicos interativos baseados em computação e telefonia eram definidos como mídias emergentes, mas, atualmente, a internet já é tratada como uma nova mídia de massa. A rede de computadores que forma a internet saiu das redes de pesquisas de universidades e outras instituições para se tornar um sistema de comunicação que abrange expressivas parcelas da população em grande parte do mundo, o que a transformou em parte da cultura de massa.


Poster (2000) defende que os sistemas de comunicação eletrônica sejam tratados como linguagens que determinam a vida social de todos os indivíduos nos eventos sociais, econômico, políticos e culturais. A sua tese geral concentra-se na forma como a informação circula e a ela atribui a responsabilidade pela reconfiguração da linguagem. Atualmente, os sistemas de comunicação eletrônica são considerados linguagem determinantes na vida dos sujeitos e dos grupos sociais e, segundo Poster, os meios e as formas de comunicação determinam as relações de poder e de dominação nas sociedades contemporâneas. (p.15)

Na fala de Dona Miriam, ela tenta fazer algumas associações com o que viu e o que a entrevistadora viu, tentando achar pontos em comum de imagens que ambas possam ter visto para criar uma figura imaginária de um antes e depois sem muitas fotos ou referências que dão a segurança de que o interlocutor entendeu o enunciado e o que ele representa.
Particularmente Fairclough (2003a), para explicar como é construída a representação do significado, emprega a palavra mediação com o propósito de marcar o movimento do significado de uma prática social a outra, assim como de um evento a outro ou de um texto a outro, o que forma um processo discursivo complexo. Esses processos, por sua vez, ocorrem em redes de textos, sujeitas a transformações em seus contextos sociais e culturais, podendo também se tornarem agentes de mudanças nas diferentes redes ou domínios sociais da linguagem. (p.17)


Consideramos também que Fairclough (2006), ao trazer a globalização para o centro da discussão, defende a ideia de que o discurso representa a globalização porquanto contribui com informações para a sua melhor compreensão. (p.22)
Então, com o advento da globalização, cada vez mais se fortalece uma inovadora prática discursiva – a recontextualização do discurso-, denominação atribuída por Fairclough (2006) ao processo discursivo pelo qual textos específicos incorporam outros textos ou agregam seletivamente práticas sociais, discursos, gêneros e estilos que com eles se relacionam por meio da (de) locação e da (re) locação. Com suas pesquisas, Fairclough (2006) concluiu que as mudanças nas práticas discursivas ocorrem principalmente por meio da recontextualização, que se expressa por intermédio de um hibridismo intertextual e interdiscursivo, presente em elementos recontextualizados que estabelecem novas articulações discursivas, às quais adjungem outros elementos de discursos já existentes. Esses, por sua vez, transformam-se em novos modos discursivos, agregados aos novos gêneros e estilos do discurso. (p.23)
A comunicação de massa tradicional pressupõe uma difusão um-para-muitos unidirecional dos órgãos de comunicação para a sociedade, enquanto a convergência dos meios digitais através da internet permite também a comunicação um-para-um, muitos-para-um ou muitos-para-muitos através de e-mail, grupos de discussão em websites e sistemas de chat

Após esse recorte sobre discurso e globalização, retomamos novamente ao ponto de vista de Poster (1996), que defende que a linguagem, para se reconfigurar em quaisquer práticas discursivas, deve refletir as mudanças decorrentes dos usos dos media na comunicação, os quais contribuem para estabelecer, divulgar e reproduzir ideologias, capazes de sustentar ou de manter desigualdades e injustiças sociais, além de revelar as relações de poder presentes no discurso, aspecto também defendido por Fairclough (1989) (p.23)